sábado, 25 de agosto de 2012


Modernização do subdesenvolvimento


É necessária uma ponderação final a respeito do triunfalismo freqüentemente alardeado ao agronegócio no Brasil. Os resultados econômicos surpreendentes da modernização do campo, através do agronegócio, reforçaram ainda mais a 
vulnerabilidade econômica que caracteriza um país exportador de produtos agrícolas ou de baixo valor agregado.

É crescente a participação das corporações multinacionais nas atividades mais lucrativas, como também é significativo o número de trabalhadores rurais contratados, pelas grandes empresas agropecuárias, apenas em épocas de plantio e de colheita. 

Do outro lado desta estrutura moderna, vive um número expressivo depequenos produtores rurais, marginalizados das políticas governamentais de crédito e apoio técnico à produção. Assim mesmo, apesar de todas as limitações e dificuldades, as pequenas e médias propriedades respondem pela maior parte do abastecimento do mercado interno brasileiro e pela maior parte dos empregos existentes no meio rural. De acordo com o 2º. Plano Nacional de Reforma Agrária, a agricultura familiar responde por 37,8% da produção, mas consome apenas 25,3% do crédito, enquanto a patronal, que responde por 61% da produção, consome 73,8% do crédito. 

Poderiam, ainda, ser acrescentados os impactos ambientais do modelo de expansão agrária, que aceleram o desmatamento com a ocupação indiscriminada do solo e estimulam a concentração fundiária. O agronegócio já destruiu quase metade da região do cerrado brasileiro, onde existem mais de 400 espécies endêmicas de arbustos e uma diversidade de animais ameaçados de extinção.

A expansão da soja no Mato Grosso tem sido responsável pelo desmatamento recorde da floresta amazônica. Os impactos ambientais também estão associados à ampliação da exportação de madeira. Produtos derivados e móveis contribuem em média com 10% das exportações do setor.


Fonte : 
http://educacao.uol.com.br/geografia/agronegocio-atividade-alavanca-exportacoes-do-brasil.jhtm

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