VICE DE AGRONEGÓCIO DO BB SINALIZA QUE JUROS DO PLANO SAFRA PODEM SER REDUZIDOS
As taxas de juros do Plano Safra 2012/13, que deverá ser anunciado no dia 1º de julho, poderão ser reduzidas. A sinalização foi dada pelo vice-presidente de Agronegócio do Banco do Brasil (BB), Osmar Dias, durante o Fórum ABAG-Cocamar - Integração Lavoura, Pecuária e Floresta, realizado na sexta, 18, em Maringá (PR), durante a 40ª edição da Expoingá.
"Queremos reduzir as taxas. A proposta já existe e precisa de aprovação do Conselho Monetário Nacional (CMN) para vigorar no próximo Plano Safra", confirmou Dias. Segundo o vice-presidente de Agronegócio do BB, a ideia é reduzir de 6,75% para 4% a taxa para custeio dos produtores que optarem pelo seguro rural. Os demais permaneceriam com a taxa atual. Para investimento, a proposta do BB é de corte da taxa para 4%. Para o médio produtor, o juro seria ainda menor: 3,5%.
Além da redução nas taxas, Osmar Dias também anunciou ter solicitado a criação de crédito renovável. "Seria uma medida para revolucionar a tomada de crédito no Brasil. Em vez do produtor renovar o cadastro todo ano, seria aprovado um limite de cinco anos. Ao pagar a parcela, o cadastro seria renovado automaticamente", disse, acrescentando esperar que as medidas sejam aprovadas pelo CMN e anunciadas no próximo Plano.
Em relação ao seguro rural, Dias afirmou que o governo e o Banco estão em fase de estudos, visando apresentar um modelo novo. "Estamos abertos a propostas do setor. Não só no que diz respeito ao seguro, mas também a qualquer medida que vise modernizar o atual modelo de crédito agrícola brasileiro", completou.
Código Florestal
O vice-presidente de Agronegócio do Banco do Brasil (BB), Osmar Dias, fez duras críticas ao movimento "Veta Dilma", que tem como objetivo impedir a aprovação do Código Florestal pela presidente.
Segundo Dias, "são pessoas que nunca pisaram em uma fazenda, que estão sendo financiadas por grupos estrangeiros, que não souberam cuidar do meio ambiente em seus países". O ex-senador lembrou das ácidas críticas direcionadas por representantes da União Europeia ao Código, já aprovado no Congresso, quando esteve em Londres, em missão junto com o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho. "Desafiei o representante a adotar as medidas do nosso código e ver se o resultado não seria muito melhor na União Europeia".
Dias relembrou que o Brasil preservou 70% das florestas primárias, enquanto a Europa teve índice de 0,3%. "Os números mostram que o produtor brasileiro preservou recursos naturais. Usamos pouco para produzir muito", completou Dias.
Ainda sobre o Código, o vice-presidente de Agronegócio alertou que se a presidente Dilma não aprovar o texto "perderemos mais um ano enrolados com regras ambientais, que visam prejudicar a produção agropecuária". Segundo ele, "precisamos acabar com esta conversa mole sobre o produtor, por fim a essa conversa mole sobre o código".
Para o ex-senador, o código teria que ser ambiental e não florestal, dividindo a responsabilidade do produtor com o poder público, que não fez investimentos necessários em saneamento público, por exemplo. Osmar Dias anunciou ter enviado documento à presidente solicitando que a faixa de mata ciliar oscile entre 5 metros e 100 metros. "O produtor adotaria o equivalente à metade da extensão do rio, nas duas margens, com exceção de propriedades com menos de quatro módulos. Se o rio tiver 10 metros de extensão, seriam 5 metros para cada lado", completou.
Fonte : http://www.abag.com.br/index.php?mpg=03.01.00&acao=ver&id=212&pg=0
 
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